Venceslausense participa de estudos da vacina Janssen

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“No momento só pensei que estava fazendo um bem para a humanidade”, afirma o ator Marcelo Barros, que está vacinado contra Covid-19 desde novembro de 2020. (Foto: cedida)

A vacina da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, chegou pela primeira vez ao oeste paulista no fim de junho. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, na primeira remessa foram encaminhadas 5,3 mil doses para a região de Presidente Prudente. No entanto, essa dose de esperança chegou bem antes na vida do venceslauense Marcelo Barros, que foi voluntário dos primeiros testes do imunizante no Brasil. “No momento só pensei que estava fazendo um bem para a humanidade”, afirma.

Na capital paulista há mais ou menos 10 anos, Marcelo, que é ator e engajado em trabalhos publicitários, contou à reportagem que, em meados de novembro de 2020, um amigo perguntou se ele gostaria de se candidatar como voluntário de uma nova vacina que seria testada no Brasil, a da empresa Johnson & Johnson. “Eu não pensei duas vezes”, relembra.

Na sequência, ele preencheu um cadastro e pouco tempo depois já iniciou o processo de triagem para saber se estava apto para fazer parte dos estudos. Para participar dos testes, inclusive, Marcelo precisou assinar um documento que detalhava como seria feito o estudo no Brasil, e que assumiria 100% os danos ocasionados em decorrência da vacina testada. Confiante no processo e na esperança de imunidade da doença, ele assumiu os riscos e avançou nas fases do estudo.

No segundo encontro, Marcelo foi submetido a exames de detecção da Covid-19, passou por coleta de sangue e recebeu uma vacina, que até então pensou tratar-se de placebo. “Pelo fato de ser um estudo extremamente confidencial eu não obtive informações quanto às minhas visitas e aos meus testes. Mas, os meses foram se passando e eu continuei sendo testado através de coletas de sangue nos meus encontros periódicos”, recorda o ator. Neste período, duas vezes por semana, Marcelo respondia um questionário sobre sintomas que poderia estar sentindo durante o estudo. A etapa também foi fundamental para ele acompanhar o andamento das análises do imunizante nos Estados Unidos.

Dose de esperança
Em março deste ano, o ator relata que recebeu uma mensagem que detalhava a necessidade dele agendar uma consulta na clínica onde estava participando do estudo. Na ocasião, ele iria passar novamente por um médico para revelar se teria tomado a vacina contra Covid-19 ou placebo – aplicada no segundo encontro dos estudos clínicos – uma vez que o imunizante já havia sido aprovado nos Estados Unidos com grande eficácia contra formas graves da doença, além da praticidade de ser apenas uma dose. “Se eu tivesse recebido somente o placebo eu iria tomar a vacina no dia da consulta pelo fato de ter sido voluntário”, relembra.

Foi então que, no dia 17 de março deste ano, durante consulta médica, ele recebeu a notícia de que já estava imunizado desde novembro de 2020 e que receberia um certificado aprovando sua vacinação. Em paralelo a isso, ele continuou sendo monitorado e recebeu um termômetro, um oxímetro e um teste de PCR (transcrição reversa seguida de reação em cadeia de polimerase), caso sentisse algum sintoma da Covid-19. Para participar dos estudos, o ator recebia uma ajuda de custo somente para o transporte até o local das visitas.

“Nesse momento estou muito feliz, porque estou imunizado com umas das melhores vacinas do mundo”, diz o ator. “Quando a gente planta o bem, colhe o bem. Fiz algo sem receber nada em troca, mas acabei recebendo mais do que o esperado, a vacina contra esse vírus terrível da Covid-19”, afirma o ator.

Marcelo, que é natural de Presidente Venceslau, ainda continua respondendo um questionário do estudo duas vezes por semana através de um aplicativo. O relato será feito até 2022. Weverson Nascimento/ O Imparcial

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