Asfixia financeira: MP bloqueia R$ 4 bilhões do crime organizado em SP

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MP-SP reteve R$ 4 bilhões do crime organizado entre janeiro e abril de 2021
DIVULGAÇÃO/GAECO-SP

O Ministério Público de São Paulo obteve o bloqueio de aproximadamente R$ 4 bilhões em dinheiro e bens adquiridos por organizações criminosas e empresários corruptos por meio de golpes, ações fraudulentas, tráfico de drogas e outras atividades ilícitas no estado.

O documento elaborado pelo (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) abrange o resultado de 47 operações deflagradas entre janeiro e abril deste ano, como Monte Cristo, Jogos Mortais I, Jogos Mortais II, Intramurus, Hércules e Ninjas, entre outras.

Segundo o balanço do MP paulista, foram realizadas, no primeiro quadrimestre deste ano, 452 buscas, 286 prisões, além da apreensão de 16 toneladas de drogas, 38 armas, 500 munições, 70 veículos, 61 máquinas caça níquel ou similares e do congelamento de 83 imóveis.

Ainda de acordo com o órgão público, o trabalho originou 48 denúncias — que alcançaram 213 pessoas — e 58 procedimentos de investigação. Casos anteriores levaram à condenação de 177 réus (21 agentes públicos, quatro por crimes contra a administração, 32 por lavagem de dinheiro e 31 ligados ao PCC).

O promotor de Justiça Arthur Pinto de Lemos Júnior, coordenador do Caocrim (Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público), enfatizou a política de trabalho adotada pelo MP, voltada a minar o poderio financeiro arrecadado pelas quadrilhas como forma de enfraquecer a atuação desses grupos criminosos.

“Sempre quando há uma investigação, para além da responsabilidade criminal das pessoas, visa-se também a asfixia financeira desses grupos criminosos, sequestro e o posterior confisco dos bens, a fim de que esses grupos não possam mais desfrutar das riquezas conquistadas através dos crimes. Toda investigação nossa se preocupa com isso, seja de tráfico de drogas, relacionadas com facção criminosa ou no combate à corrupção”, ponderou.

O representante do MP paulista revelou que a disponibilização dos recursos aos cofres públicos ainda depende da Justiça Criminal. A expectativa é que praticamente a totalidade dos valores seja recuperada, pois é fruto de delações premiadas (pessoas que colaboraram com a investigação), esquemas de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes fiscais estruturadas. “Somos muito otimistas na obtenção do confisco de todos os valores”, completou.

R7
10:10:21

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