…. “O Jardineira, porque está tão triste. Mas o que foi que aconteceu”… Esse é um recado apenas para os “cinquentões acima” (idade). Eles se lembram perfeitamente das noitadas incríveis dos carnavais do passado. Numa noite desta de sábado, todo mundo já estava embalado para ir aos salões.
Em Presidente Venceslau os grupos de amigos se juntavam para o “esquenta”, que a cada ano era na casa de alguém. A cerveja e o Whisky corriam à solta, porque até os mais tímidos (com o combustível etílico), se largavam na maior farra. Era muito bom.
A maioria de meus carnavais foi no Coroados, mas peguei alguns no Corinthians. Isso mesmo. Naquele salão de madeira. Lá o “Velho Ameixa” comandava a Banda, que chegava junto nas marchas. “Mamãe eu quero, mamãe, eu quero mamar. Dá a chupeta, da a chupeta pro bebê não chorar”. O pessoal rodava pelo salão a noite inteira. O suor corria solto e os amores também.
Muita gente se conheceu em bailes de carnaval, ou tem uma história de paixão para contar de algum deles. Os bailes de Presidente Venceslau eram no “Plimec”, Corinthians, Venceslau Clube (sede do centro). Depois com a construção do Coroados, os frequentadores do Venceslau Clube passaram a curtir o carnaval lá.
Marcante o carnaval do Coroados Tênis Clube por organizações impecáveis. A banda era formada pelo Linimar Vanalli, que a ensaiava com frevos, marchas e sambas-de-enredo, numa pegada impressionante. Tocavam a noite inteira, com apenas um intervalo. O povo se divertia para valer. Às vezes no final dos bailes, saiam algumas brigas. Mas tudo era levado na base da festa.
Meninas faziam blocos. Casais também e existiam os blocos dos meninos. Tchavask, Larápios, não me recordo dos nomes destes grupos, mas eram muitos e também engraçados e divertidos. Uma vez cheguei no baile, e através da vidraça do Coroados, olhando de fora, vi que existia uma carcaça de Kombi rodando na dança no salão. Eram os meninos do Larápios, FANTASIADOS de “Poderosas Peruas”, novela de sucesso na época.
Tudo isso era diferente, criativo, gostoso. A gente ia para salão para se divertir, ouvir boa música, dançar, pular, “desestressar”. O incrível que a gente aguentava tranquilamente as cinco noites e ainda ia nas matinês.
Pena que tudo isso é passado. É claro que atualmente não dá para fazer um baile destes por causa da pandemia, mas se houvesse, iria para me divertir, ver, lembrar tudo de volta.
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