Opinião
VEÍCULOS DA FROTA: SUCATA x INOVAÇÃO
A decisão de uma Prefeitura de sentenciar um veículo de sua frota como sucata muitas vezes é baseada em critérios restritivos e pouco flexíveis. Ao invés de explorar outras alternativas viáveis, como transformar um cavalo mecânico de alto valor agregado em um caminhão do tipo convencional para utilizá-lo na já esquecida outrora prometida “Casa de Negócios Venceslauense itinerante”, e senão este, o próprio ônibus com as devidas adaptações atenderia perfeitamente esse fim! A administração municipal acaba perdendo oportunidades valiosas.
A principal justificativa utilizada é a segurança. No entanto, é importante questionar se todos os veículos designados como sucata são realmente inseguros e não podem ser reabilitados de alguma forma. Via de regra por serem da frota municipal, esses veículos passam por manutenções regulares e estão em condições adequadas de uso(caso contrário munícipes e servidores estariam com suas vidas em risco). Submetê-los a uma sentença de sucata baseada em critérios rígidos é desperdiçar recursos que poderiam ser utilizados para outros fins benéficos para a comunidade.
Além disso, a questão financeira também é frequentemente levantada como argumento para justificar a venda desses veículos em leilões. No entanto, ao optar por essa abordagem, a Prefeitura acaba recebendo apenas parcos recursos em comparação ao valor real que esses veículos poderiam agregar. Transformar um cavalo mecânico em um caminhão convencional, por exemplo, seria uma alternativa viável e economicamente vantajosa. Seria possível obter um veículo adaptado às necessidades da municipalidade por um custo muito mais baixo do que adquirir um novo caminhão.
Portanto, é necessário questionar os critérios utilizados pela Prefeitura para sentenciar um veículo como sucata. Ao invés de descartar oportunidades valiosas e limitar-se a uma abordagem restritiva, é preciso explorar alternativas viáveis que possam agregar valor à municipalidade. A busca por soluções inovadoras e criativas, que considerem aspectos técnicos e econômicos, é fundamental para o desenvolvimento sustentável e o aproveitamento pleno dos recursos disponíveis.
RAPHAEL BALHESTEIRO
Advogado e ex-vereador de Presidente Venceslau
