Osvaldo Melo escreve sobre o SEAMMA.

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A SEAMMA NÃO É APENAS ATENÇÃO A LIMPEZA PÚBLICA E LIXO


O fato de não estarmos ocupando qualquer função pública não nos permite o exercício do não pensar e fazer reflexões sobre o que deu certo e o que pode ser melhorado em termos de gestão pública municipal. Fique claro que essa posição a respeito do desvio de foco e finalidade da SEAMA vem de longa data e isso deixei em evidência em diversas manifestações públicas que fiz às pessoas que tinham a responsabilidade da gestão. Tenho conversado sobre isso, sem qualquer engajamento político mas com visão prática das coisas e decidi escrever esse texto. Não se trata aqui de críticas mas de uma constatação e que aproveite a quem interessar.

A DAAMA nome original da atual SEAAMA foi criada através da Lei Complementar 029 de 01/04/2002, pois o município então com mais de 75 anos de fundação e com tradição agropecuária não tinha no seu organograma administrativo qualquer órgão ou diretoria ligada as necessidades da população rural, pequenos proprietários, sitiantes e assentados.

Com uma estrutura enxuta, um diretor agrônomo, técnico agrícola e de meio ambiente, com funcionários cedidos através de convênio com a CATI se iniciou ali importante embrião de projetos e ações, que no decorrer do tempo desaguaram, mesmo fora da gestão que participamos, em coisas concretas para a cidade como aterro sanitário controlado e as futuras estações tratamento de esgoto ( ETE) que estão em fase de finalização dentre outras.

Com pequeno orçamento anual, mas bem planejado, o órgão passou a focar atenção num setor até então esquecido, organizando ações junto aos produtores rurais, com cursos, palestras, capacitação e qualificação, viagens para outros centros, otimização do recinto da Faive, apoio e organização de associações de produtores rurais, atenção as estradas rurais, abastecimento, organização de feiras livres, meio ambiente, arborização urbana, atenção ao Horto Florestal, implantação de aterro sanitário, dias de campo e um grande número de eventos e atividades direcionadas ao setor rural.

Me recordo que na entrada da SEAMA na Rua Jorge Tibiriçá estava afixado um mural com o planejamento mensal de todas atividades da diretoria organizadas pelo diretor de então o agrônomo Douglas Padovan. A partir de um certo período com mudanças de administração a então rebatizada SEAAMA passou a focar na basicamente na questão da coleta do lixo e limpeza pública.

Mas a SEAAMA é muito mais que isso e sua função e razão de existir deveria ser repensada para que área tão importante como a rural possa ter um setor especifico para ouvir suas demandas e dar suporte necessário.
Me recordo que em visita a cidade de Parapuã junto com uma delegação produtores rurais surgiu o convite para Cooperativa Casul se instalar em nossa cidade, fato que até hoje é realidade.

Existe no município uma grande quantidade de tratores e implementos agrícolas enviados pelo governo federal, que foram cedidos para associações de produtores rurais e que hoje estão parados, subutilizados ou ainda usados em áreas que não dizem respeito a atividade rural, objeto de sua destinação.

Nos recentes incêndios de pastagens em propriedades rurais nesse mês de agosto, que provocaram enormes prejuízos materiais e danos ambientais, se essa frota de maquinas com implementos estivesse disponível aos produtores num programa bem planejado de aceiros em precaução a grande estiagem, com certeza esse do fogo seria contido e debelado de forma mais eficaz.

Mesmo com quadro reduzido, deveria ser a SEAMA formuladora de politicas públicas para o meio rural, na questão ambiental e da gestão dos resíduos sólidos entre tantos outros .

Osvaldo Melo
Empresário e ex-prefeito de Presidente Venceslau


Uma resposta

  1. Nós,pequenos produtores rurais necessitamos urgente de apoio tecnico e didatico do poder publico para podermos exercer melhor nossas atividades.

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