Décio Português, substituto de Marcola está em estado grave com Covid-19

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Décio Gouveia Luiz, apontado como líder do PCC na zona leste de SP e o substituto de Marcola no estado Imagem: 14.ago.2019 – Divulgação/Polícia Civil

Décio Gouveia Luiz, 53, o Décio Português ou Decinho, apontado por investigadores como o substituto de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, no comando do PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo, está entubado, em estado de saúde gravíssimo, na Santa Casa de Presidente Venceslau, no interior paulista.

O estado de saúde de integrantes da cúpula da facção criminosa é visto por autoridades estaduais e federais com cautela, uma vez que as condições daqueles que estão presos podem surtir efeito em ações do grupo criminoso nas ruas do estado e do país. Setores de inteligência já monitoram possíveis movimentações nesse sentido.

Décio Português foi preso em agosto do ano passado em uma casa de luxo em Arraial do Cabo, litoral sul do Rio de Janeiro. Advogados dele pediram à Justiça a prisão domiciliar do preso porque ele é de grupo de risco de covid-19, já que é portador de diabetes, hepatite, hipertensão, problemas cardíacos, trombose e câncer de pele. A Justiça ainda não analisou o caso, mas pediu informações sobre o quadro clínico de Décio Português à SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).

Quem é Décio Português
Décio Português já ficou preso com Marcola e era visto como seu “braço direito” na zona leste de São Paulo. A região é tida como importante para o PCC, por abrigar chefes da facção e por ter grandes ter bairros lucrativos na venda de drogas. Investigação da Promotoria, por exemplo, identificou que a facção lucrava cerca de R$ 3 milhões por mês em 35 locais de venda de drogas da região.

O criminoso foi alvo de escutas telefônicas feitas pela Polícia Civil, mas nada foi encontrado, porque utilizava apenas mensagens criptografadas para se comunicar. Policiais também o acompanharam e documentaram seus passos, com fotografias em locais como um bar e um campo de futebol de várzea antes de ser preso no ano passado. Ao notar que era observado, Décio Português saiu de São Paulo. Foi para o Rio de Janeiro, onde passou a usar o nome falso de Lucas de Souza Oliveira e ter grande cobertura de segurança da cúpula do PCC. Em 14 de agosto, foi preso.

No celular dele havia uma foto com o brasão do cartel mexicano de Sinaloa, criado na década de 1980 por Joaquín Guzmán Loera,o El Chapo. Segundo a Promotoria, essa foi a primeira ligação do PCC com o cartel mexicano já registrada. A facção paulista, que está em processo de cartelização, já tem ligações bem definidas com a máfia italiana ‘Ndrangheta. Para se tornar cartel, investigadores dizem que falta apenas lavagem de dinheiro refinada à facção. Josmar Jozino, Flávio Costa e Luís Adorno. Colaboração ao UOL e do UOL, em São Paulo

18:49:17

 

Uma resposta

  1. E de grande preocupaçao o tratamento deste cidadao na Santa Casa de Venceslau!
    Sim, e uma vida em jogo, mas e de altissimo perigo para a populaçao de bem, e pessimo se vir a falecer na Santa casa da Cidade para os indices de numeros para a as autoridades. Acho complicadissimo!

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