2023 foi ano ‘terrível’ para direitos humanos, denuncia HRW

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Destruição na Faixa de Gaza, em 10 de janeiro de 2024 – AFP

De Gaza à Ucrânia, passando por Sudão, Mianmar ou México, 2023 foi um “ano terrível” para os direitos humanos em todo o mundo, lamenta a Human Rights Watch em seu relatório anual divulgado nesta quinta-feira (11).

Neste documento de 700 páginas que abrange mais de 100 países, a organização descreve o “imenso sofrimento” causado pela guerra entre Israel e o Hamas, a guerra entre os dois generais rivais no Sudão e os conflitos em curso na Ucrânia, em Mianmar, na Etiópia e no Sahel.

“Em 2023, a população civil foi alvo de ataques e assassinatos em uma escala sem precedentes na história recente de Israel e da Palestina”, observa o relatório.

O documento acusa por “crimes de guerra” tanto o Hamas e seus ataques de 7 de outubro contra Israel, quanto as forças israelenses por suas represálias contra a Faixa de Gaza.

Em relação a Gaza, “um dos maiores crimes cometidos é o castigo coletivo” de todos os civis, “o que equivale a um crime de guerra”, assim como o fato de “matar (a população) de fome”, afirma a responsável da HRW, Tirana Hassan, em entrevista à AFP.

A Human Rights Watch também condena as “violações maciças” dos direitos dos civis no Sudão cometidas por parte dos generais rivais Abdel Fattah al Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, e critica a “impunidade” que levou a “repetidos ciclos de violência” no país nos últimos 20 anos.

Além dos conflitos armados, a Human Rights Watch identificou várias tendências que marcam a “erosão dos direitos humanos”, quando se acaba de celebrar o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. AFP

 

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