Regiões mais ricas do Brasil têm menos mortes por doenças cardiovasculares, aponta estudo

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A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares caiu nos últimos 20 anos de forma diferente entre ricos e pobres no Brasil, segundo um estudo da  Universidade Federal do Rio de Janeiro. Regiões com maior nível de desenvolvimento humano registraram uma queda mais acentuada de mortes por derrame e infarto do que aquelas com piores índices.

Para avaliar a taxa de mortalidade, os autores cruzaram o número de mortes com o índice sociodemográfico (ISD), que avalia o nível de desenvolvimento, e o de vulnerabilidade social (IVS) – que mostra como a riqueza está distribuída. As informações sobre o ISD foram obtidas no site do Global Health Data Exchange e o IVS do Atlas da Vulnerabilidade Social, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Nas últimas duas décadas, o Brasil melhorou os indicadores de vulnerabilidade social e a mortalidade por infarto reduziu, em média, 21%. Já a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) caiu aproximadamente 37%, segundo o levantamento.

No entanto, os dados gerais sobre doenças cardiovasculares revelam que, enquanto o Distrito Federal e a região Sul – que ostentam os melhores indicadores sociais – tiveram uma redução de cerca de 50% nas mortes, na Bahia e em Sergipe, por exemplo, a queda foi de apenas 7%. Já o Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão chegaram a apresentar uma piora no número de óbitos.

Para os autores, a melhora na taxa de mortalidade ocorre em função de maior acesso a serviços de saúde e estratégias de prevenção e enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis. “Essas doenças podem ser prevenidas com medidas efetivas e de baixo custo”, diz o cardiologista José Lucas Bichara, um dos autores do estudo. AGÊNCIA EINSTEIN

 

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