Tenho orgulho de meu irmão Ivan Moré

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Ivan e seu sorriso, sua alegria. TM/AMN

Uma das coisas que dão sentido à minha vida é a minha família: meus pais e meus irmãos. Sinto um imenso orgulho deles. Meus pais eram pessoas extraordinariamente simples: Luizão, Osório, Édimo, Claudete, Lourdes, Lucidalva, Maria. Todos esses nomes são de pessoas que considero como irmãos, pois foram criados em parte de sua vida por meus pais e compartilharam o crescimento comigo e meus irmãos. Brancos, negros, pardos, para o sêo Nico e Dona Lourdes, não havia distinção de cor, raça ou idade. Sempre tinham um prato de comida extra, uma cama a mais para quem precisasse.

Não consigo contar as manhãs em que dirigi pela cidade, pensando nos meus irmãos, Ivan e Clóvis, que perdi recentemente. Uma saudade imensa surge o tempo todo. Sempre tivemos uma ótima relação. Nos reuníamos pelo menos duas vezes por semana para conversas agradáveis e divertidas. Sempre fomos mais que irmãos; éramos amigos, com um profundo respeito mútuo.

Ivan Cesar Moré era uma pessoa incrível. Possuía uma independência única e jamais se submeteu a ser subserviente a alguém. Essa liberdade o tornava singular. Parou de estudar na segunda série, mas desde jovem já mostrava sua habilidade empreendedora. Iniciou sua carreira como mascate, vendendo roupas com um nordestino chamado Elói. Depois, trabalhou com meu pai em auto elétricas. Tornou-se proprietário de restaurante, boutique, revendedora de motos, casa de shows e até chegou a trabalhar como Agente Penitenciário por um único plantão, do qual nunca mais voltou. Desde muito jovem já possuía motos, carros e bens que se destacavam dos demais.

O grande legado de Ivan está relacionado ao progresso de Presidente Venceslau. Em parceria com Sêo Roberto Maximino, Paulo Maximino e o Perfeito, desenvolveu diversos loteamentos pela cidade. Ao longo de sua trajetória como empresário do ramo imobiliário, realizou investimentos que expandiram o mapa urbano não apenas de Presidente Venceslau, mas também de Pirapózinho e Martinópolis.

Era discreto em seus negócios e, como todos, enfrentou as consequências das frequentes crises que assolam o país. Também discretamente, participava ativamente das atividades sociais e esportivas da cidade.

Sempre morou em boas casas com sua família, tendo construído uma delas. Antes de falecer, residia em uma chácara próxima à cidade, onde desfrutava de muito conforto. Nunca deixou seus entes queridos desamparados, nem os expôs a situações adversas na sociedade.

Era uma pessoa livre e gostava de visitar pessoas por toda a comunidade. Somente após sua morte pude compreender a extensão de seu alcance, desde os mais pobres até os mais ricos. Morreu amado por muitos e assim continua sendo lembrado.

Meu irmão Ivan faleceu aos 66 anos, de complicações após uma cirurgia no sistema digestivo em 2018. Para mim, foi um grande homem, irmão divertido, amoroso, generoso, cuja falta sinto imensamente. Um homem que amei e amarei para sempre. Toninho Moré 

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