Romain é um enfermeiro civil, Gabrielle uma paramédica e, assim como milhares de reservistas no exército suíço, os dois foram mobilizados para a batalha contra o novo coronavírus, algo que não acontecia no país desde a Segunda Guerra Mundial.
No quartel de Bière, a poucos quilômetros do lago de Genebra, homens e mulheres do “batalhão do Hospital 2” recebem treinamento em técnicas de controle de saúde, antes de uma missão de apoio em diversos pontos do país.
Em um hangar, 15 soldados, alguns com máscaras, aprendem como usar a maca, como posicionar um paciente e como removê-lo. Em uma mesa próxima aos instrutores é possível observar garrafas de álcool gel, máscaras e luvas.
O sargento Romain Berset, 28 anos, cita o “orgulho” de ajudar o país, mas também admite uma “pequena preocupação” por ter sido obrigado a abandonar o posto de enfermeiro na cidade em meio a uma pandemia.
A Suíça tem mais de 7.000 casos de infecção da COVID-19, incluindo 60 mortes – 37 delas no cantão de Ticino, na fronteira com a Itália -, de acordo com o Escritório Federal de Saúde Pública.
“A situação é grave. Os próximos dias serão críticos para o sistema de saúde”, declarou no domingo o diretor geral de Saúde do cantão de Genebra, Adrien Bron.
Para aliviar os hospitais, o exército anuncio que poderia mobilizar até 8.000 “boinas azuis” nos 26 cantões da Confederação Suíça, um pequeno Estado de 8,5 milhões de habitantes.
Gabrielle Ramseier, paramédica de 24 anos, treina os soldados. Ela estava de guarda quando recebeu a convocação.
AFP
11:40:03