Sem vacinas: entenda o cenário da Covid-19 entre bebês e crianças de 0 a 4 anos de idade

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Na última semana, um novo estudo conduzido no Chile mostrou a eficácia e segurança da CoronaVac para crianças a partir de 3 anos de idade. Uma boa notícia, já que os menores de 5 anos ainda não estão contemplados nos programas de vacinação – um universo formado por 15 milhões de brasileiros.

O Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac, deve entrar com uma nova solicitação até o fim da próxima semana para a faixa etária de 3 a 4 anos. Numa tentativa anterior, a Anvisa negou liberação para o grupo, por falta de dados, e deu aval ao público de 6 a 17 anos.

A Pfizer começou a enviar dados ao Food and Drug Administration (FDA) para pedir autorização emergencial para vacina na faixa etária de 6 meses a 4 anos no início deste mês. O órgão regulatório, porém, adiou a decisão por, no mínimo, dois meses sob a justificativa de precisar de mais informações. Procurado, o laboratório informou que não há previsão para submeter pedido semelhante à Anvisa.

Até a chegada da autorização formal de uma vacina para pequenos, há muito chão pela frente, portanto. Mesmo sendo menos vulneráveis à forma grave da doença, os bebês e as crianças menores sentem o impacto da infecção. Levantamento do GLOBO mostra que pelo menos 19.928 meninas e meninos de 0 a 4 anos foram internadas por Covid-19 desde o início da pandemia, das quais 1.157 morreram.

O levantamento compilou dados de internação e óbito por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e filtrou os registros confirmados de Covid-19. Por isso, pode haver subnotificação. Os números, extraídos pela Rede Análise Covid-19, vão de fevereiro de 2020 a este mês.

Os pequenos são acometidos por infecções menos graves. Um estudo britânico conduzido em janeiro mostrou que entre crianças, 42% das internações eram de menores de 1 ano, mas os casos eram leves e o tempo de internação curto. O grande motivo da taxa alta é justamente a falta de imunização.

O Globo
11:30:02

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