O interior de São Paulo, que responde por 15% da riqueza nacional, começou a parar nesta segunda-feira, em razão do coronavírus. Hoje, passa a vigorar em todo o Estado a quarentena determinada pelo governador João Doria (PSDB).
Campinas, cidade com mais de 1 milhão de habitantes, amanheceu ontem com praças, ruas e terminais de ônibus praticamente vazios. Um decreto assinado pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) antecipou a quarentena, fechando o comércio em geral e reduzindo a circulação do transporte público. Medidas semelhantes foram tomadas nas principais cidades do interior, em outras, o processo de isolamento social começa nesta terça-feira.
A região central de Campinas começou o dia praticamente vazia e o transporte coletivo funcionava com frota mínima. Muitos moradores desistiram de esperar pelos ônibus nos terminais. A justificativa do adiamento na paralisação, segundo o prefeito, foram os 9 casos confirmados e 223 suspeitos na cidade.
O comércio em geral fechou, mas a área de alimentação e de medicamentos, e sua cadeia produtiva, funcionaram. O decreto não envolveu indústrias e bancos. “Não é só tirar as pessoas da rua e deixar em casa. Dos nossos leitos de UTI, 30% são ocupados por acidentes de trânsito. Sem carro na rua o número de acidentes cai e liberamos leitos para os casos graves de coronavírus”, disse Donizette. Ele determinou providências para que os ônibus operassem apenas com pessoas sentadas. A Guarda Municipal patrulhava as principais vias e acessos da cidade para controlar a lotação dos coletivos.
Estadão Conteúdo
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