Preços de insumos chegam a quadruplicar

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Os preços dos insumos usados no tratamento da pandemia do coronavírus, como máscaras, testes e respiradores, dispararam, por causa da grande procura, que levou à escassez de produtos de uma hora para outra no mercado. Uma máscara N95, por exemplo, aquela que parece com um bico de pato e cujo uso é recomendado a profissionais da saúde, anteriormente custava R$ 5. Hoje, a unidade não sai por menos de R$ 28.

A história se repete com a máscara cirúrgica, cujo preço não chegava a R$ 1, e agora varia entre R$ 4 e R$ 5 a unidade. Além disso, os vendedores exigem pagamento à vista e muitas vezes antecipado. “É máscara para cá e dinheiro para lá”, diz Aldevânio Francisco Morato, presidente da Federação Brasileira de Hospitais, ilustrando bem o tom das negociações com os fornecedores. A sua entidade representa 4.200 hospitais nos País, entre privados e filantrópicos.

Antes da pandemia, ele conta que os hospitais conseguiam parcelar o pagamento dos equipamentos de proteção individual (EPIs) em 30, 60 e até 90 dias. Hoje, como os fornecedores tradicionais não têm o produto, é preciso buscar outros. E quem dita as regras são eles, com exigência de pagamento à vista, por exemplo. “Além do preço extremamente abusivo, não temos de quem comprar.”

Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Geraldo Reple, de São Bernardo do Campo (SP), observa que o problema é generalizado, afeta tanto os hospitais da rede pública como os privados. Além das máscaras, ele cita o caso dos respiradores. “Os poucos que existem, antes da pandemia custavam R$ 60 mil e hoje o preço é de R$ 200 mil.”

Estadão Conteúdo
09:15:30

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