Patrícia Lopes de Oliveira escreve, ‘Como defender o indefensável?’

Opinião
COMO DEFENDER O INDEFENSÁVEL?

Existem pessoas que tem dificuldade em pensar nos outros. A luz de uma realidade espantosa, a ignoram e pensam em si mesmos. Chamados egoístas!
Detentores de um individualismo exacerbado, pedantismo, egolatria, empáfia e soberba.

Que importância tem alguém planejar um golpe de Estado contra seu país?
Gravar um vídeo a respeito, fazer uma minuta do golpe. Desrespeitar as leis.

A luz da verdade
Pessoas viajam até Brasília e depredam o patrimônio público e histórico do país. Promovem um quebra quebra nunca visto no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional, no Senado e no Supremo Tribunal Federal. Violam com agressividade, o prédio dos três poderes.

A ignorância cega os impedem de ver gravidade nesses atos. Vaidosos! Certos da impunidade, agiram contra o próprio Estado, contra a própria Pátria.

Diante das consequências, pedem anistia. Pedem desculpas, pedem perdão. Querem o indulto e a absolvição. Querem a extinção da punibilidade, prevista no código Penal.

Anistia, vem do grego amnistia, significa esquecimento. Um tipo de amnésia.

Eles querem que tenhamos uma deslembrança, uma desmemória. Que olhemos para a estupidez desses atos e digamos: Nossa! deu um branco!

Que vivamos com a ausência da realidade dos fatos. Que nos tornemos cúmplices da barbárie e nos igualemos aqueles que cometeram estes crimes. Aqueles que cometeram atos de vandalismos e destruição, quebraram vidraças e destruíram documentos. Envergonharam nosso país perante o mundo, que ficou estarrecido, perplexo com o que viram.

E por estes atos, podem responder por dano ao patrimônio público da união, crimes contra o patrimônio cultural, abolição violenta do estado democrático de direito, tentando com emprego da força, da violência e grave ameaça, abolir, impedir e restringir o exercício dos três poderes constitucionais. E golpe de Estado, por tentar depor, por meio de violência, um governo legitimamente constituído.

Estes, que atentaram contra o próprio país e suas leis, foram chamados de terroristas pela imprensa local e mundial.

“Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, por meio de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluindo o restante da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas e até por governos no poder”.

Não é questão de descontar, de ódio ou perseguição. Claro que não! Isso seria muito pequenininho, é prática dos que assim o são. Pequenos e tacanhos!

É questão de fazer cumprir as leis.

E cumprir as leis, para que isso jamais volte acontecer. Quem tem orgulho destes atos, destas pessoas e de quem insuflou tudo isso pela ganância, pelo poder e pelo dinheiro?

Diante disso, entendemos, que até a ignorância precisa de limites. E que nenhuma crença, ideologia ou paixão seja capaz de cegar as pessoas.

Que as liberdades previstas em nossa “constituição”, não sejam interpretadas em benefício de práticas criminosas.

Temos a liberdade de expressão, é verdade! E que ela continue seguindo os parâmetros legais. E não para fazer apologia a crimes previstos nas leis de nosso país.

PATRÍCIA LOPES DE OLIVEIRA
É escritora