Pacientes com câncer aguardam vacinação contra Covid-19

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A OMS (Organização Mundial de Saúde) classifica o paciente oncológico no grupo de risco para complicações da Covid-19, seja qual for o tipo da doença ou circunstâncias do tratamento. Apesar disso, o público-alvo ainda aguarda a data para vacinação, o que chama a atenção de quem vivencia uma jornada dupla pela sobrevivência: a luta contra o câncer e o medo de contrair a Covid-19.

Em maio do ano passado, a auxiliar de limpeza Maria Aparecida Dias Pedro Raimundo, 53 anos, descobriu o câncer de mama. Na época, a pandemia já era considerada um surto mundial. Desde então, a moradora de Pirapozinho passou a cuidar ainda mais da saúde, e evitou ao máximo sair de casa para não ser infectada pela Covid-19. “Fiz a cirurgia em agosto e só voltei a ir ao hospital para tirar o dreno, passar pela consulta, com todos os cuidados”, lembra.

Maria diz que teve medo de contrair o vírus, e dispensou até as visitas. “Sair? Só para o tratamento”, afirma. Ela enfrenta o câncer pela segunda vez, sendo que o primeiro atingiu o rim, em 2017. “A gente chora, se desespera, mas temos a família que é a base”, considera a auxiliar de limpeza, que contou com apoio do marido José Roberto, e dos filhos Caroline e Roberto. Enquanto permanece em isolamento, ela espera ser vacinada para evitar complicações em seu tratamento. “Não que a gente seja prioridade, mas que a campanha alcance muito mais grupos ao mesmo tempo”, salienta.

A dona de casa, Rute Duarte Horácio, 34 anos, também de Pirapozinho, aguarda ansiosamente pela vacinação. Assim como a Maria, ela descobriu o câncer de mama em meio ao cenário pandêmico, em maio, após sofrer um acidente de moto enquanto ia ao trabalho. “O guidão bateu no osso abaixo do seio, e uns quatro dias depois senti um caroço. Fui ao médico, que pediu o ultrassom e verificou um nódulo. Depois com a biópsia, confirmou o câncer”, lembra. Rute chegou a ficar internada por uma semana antes da cirurgia, em agosto.

“Meu maior medo era contrair essa doença [Covid] no hospital, porque a maioria das pessoas que passam por lá estão infectadas”, conta.

As idas e vindas do hospital a deixou em alerta quanto aos riscos de uma infecção. “A gente faz tratamento, tem a imunidade baixa e existe toda uma restrição a ser seguida”, lamenta. “Quero ser vacinada o quanto antes”, salienta a paciente, que mora com mais 11 pessoas da mesma família – todas atentas quanto aos cuidados para não levar o vírus para dentro de casa.

O Imparcial
09:15:02

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