O elogio sincero, merecido, mesmo generoso, é positivo e faz bem. Demonstra a amabilidade de quem elogia, favorece a empatia recíproca e estimula o amor-próprio e a autoestima de quem recebe. A bajulação, no entanto, é tão perniciosa quanto a crítica imoderada e destrutiva. O bajulador só encontra campo fértil naquele que gosta de ter a vaidade futilmente alimentada. Ambos têm a insegurança como traço marcante de personalidade. Narcisista e adulador são anverso e reverso da mesma moeda. Ainda que o primeiro equivalha à estampa cunhada na face do metal, seu valor, tal qual na moeda, será o mesmo daquele impresso para o último na contraface.
JOSÉ ROBERTO DANTAS OLIVA