Investigador de polícia afastado por suspeita de Covid-19 relata preocupação e necessidade de medidas preventivas

Início » Blog » Investigador de polícia afastado por suspeita de Covid-19 relata preocupação e necessidade de medidas preventivas

Aos poucos as atividades econômicas vão retomando, assim como a rotina “normal”, mas o início da pandemia de uma doença desconhecida marcou a vida de muitas pessoas, ainda que não estivessem contaminadas. Todos os ramos de trabalho foram afetados pela Covid-19, uns mais e outros menos. As polícias, por exemplo, mantiveram os atendimentos com algumas medidas de prevenção, mas também foram afetadas pelo afastamento de agentes.

Na Polícia Civil, área de abrangência do 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8) não houve registros positivos, contudo, da segunda quinzena de março até 20 de maio, o órgão estadual registrou sete afastamentos:

  • Em Presidente Venceslau foram dois agentes afastados com a suspeita da doença. Ambos fizeram trabalho remoto.
  • Em Presidente Prudente foram registrados dois afastamentos devido à suspeita.
  • Na sede do Deinter-8 houve um afastamento por suspeita.
  • Em Adamantina houve um afastamento devido à comorbidade. Atuando em teletrabalho.
  • Em Assis houve um afastamento devido à comorbidade. Atuando em teletrabalho.

Um dos agentes afastados foi um investigador de polícia, de 28 anos, que preferiu não revelar a identidade. Ao G1 ele contou que ficou afastado do trabalho durante dez dias devido à suspeita de estar com a Covid-19.

A suspeita surgiu quando o investigador retornou de férias. Ele realizou viagens ao exterior e, logo após o tempo em que esteve fora, começou a ter crises de tosse, além de febre.

“No primeiro atendimento médico fui orientado a permanecer em isolamento por 7 dias, sendo que não houve a necessidade de me hospitalizar. O restante dos familiares adotou medidas básicas de prevenção do contágio”, contou ao G1.

O período foi de preocupação em relação a amigos e familiares, conforme revelou ao G1, e o investigador sempre recebia mensagens de apoio, desejos de melhoras e questionamentos quanto ao resultado do exame.

Por fim, chegou o resultado: negativo para a Covid-19. A sensação foi de alívio, segundo o investigador, principalmente pelo risco de ter contaminado alguém no período em que esteve assintomático. “Como demorei para apresentar sintomas, fiquei bastante preocupado em, possivelmente, ter transmitido o vírus”, disse.

“Por ser uma doença a qual até hoje apresenta diversas questões não esclarecidas pelos profissionais da área, senti insegurança, bem como o longo período de espera para fazer o teste e do seu resultado, o qual despertou bastante ansiedade”, revelou ao G1.

O investigador ainda contou que “as pessoas se demonstraram bastante aliviadas, também, entretanto algumas delas, ainda assim, permaneceram receosas”.

“A experiência que eu tive, diante da angústia de provavelmente ter contaminado outras pessoas, principalmente as pertencentes ao grupo de risco, foi algo que me consumiu bastante, tendo em vista que em um grande número de pessoas os sintomas da doença são leves, resta clara a necessidade de todos nós, pela dificuldade da certeza de ter ou não a doença, adotarmos todas as medidas preventivas buscando evitar ao máximo a contaminação e o contágio dos demais”, destacou.

G1/Prudente
09:05:03

Agropecuária-COnfiança-1
bdacc542-04d3-4802-82a7-536288efbb5a