A recente disparada que aproximou a inflação dos 10% no acumulado dos 12 meses encerrados em agosto deve seguir como pesadelo das famílias nos próximos meses e encarecer os planos para o verão dos brasileiros.
A percepção de economistas consultados pelo R7 leva em conta os recentes saltos no preço dos combustíveis e das contas de luz, que têm potencial para “contaminar” toda a cadeia de bens e serviços nos próximos meses.
Renato Veloni, professor de macroeconomia no Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), avalia que a inflação atual tem potencial para gerar um efeito “bola de neve” e elevar os preços dos demais setores da economia.
“Não há como esperar que a situação vá mudar muito. A inflação tende a continuar em alta e deve começar a subir em ritmo um pouco menor apenas nos próximos três ou seis meses”, afirma Veloni, que destaca que o prazo até março é aquele necessário para que a elevação das taxas de juros tenha um reflexo efetivo nos preços finais.
R7
09:55:02