Herbert Conceição entrou no boxe para se livrar de fama de brigão

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Ueslei Marcelino/Reuters – 07.08.2021

Na categoria dele, já brilharam Oscar de la Hoya, Nino Benvenuti, Carlos Monzón e Roy Jones Jr, entre outros. Foi em boxeadores como eles que Herbert Conceição, 23 anos, acabou se inspirando para se tornar medalhista na Tóquio 2020, reforçando a fama de fonte de grandes nomes deste esporte que a Bahia vem ganhando nos últimos anos.

Nascido em Salvador, Conceição tem o mesmo sobrenome do primeiro ganhador de uma medalha de ouro na história do boxe brasileiro: Robson Conceição, 10 anos mais velho.

Apaixonado pelo boxe desde criança, Herbert Conceição encontrou, a partir dos 15 anos, na Academia Champions, onde Robson e outros grandes pugilistas treinavam, o local adequado para se encaminhar no esporte de uma maneira séria. Em busca do alto rendimento.

Sua paixão pelas lutas, afinal, lhe deu na infância uma falsa imagem de brigão, algo que ele, que tem duas irmãs e é o mais novo, diz nunca ter sido. Treinar em uma academia de credibilidade acabou o ajudando a encontrar uma maneira de transformar esta paixão em atividade profissional.

“Sempre fui da zoeira, aprontava para caramba, mas nunca fui um cara brigão. As mães dos meus colegas não deixavam eles andarem comigo porque achavam que eu era má influência. Mas sempre gostei de esporte. Como gostava de tudo, comecei a fazer boxe e descobri esse talento. Desde novo me dediquei exclusivamente ao boxe. Na Academia Champions tive muitas referências”, contou ao Lance.

Após se entregar com afinco ao boxe, ele foi se desenvolvendo. Obteve a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2019 e o bronze no Campeonato Mundial, no mesmo ano.

No Japão, após treinar pesado com a equipe, na cidade de Ota, fez uma campanha excelente, passando na estreia pelo chinês o chinês Erbieke Tuoheta, por 3 a 2, vencendo depois, pelas quartas de final, o lutador Abilkhan Amankul, do Casaquistão, também por 3 a 2 e, mostrando evolução, superando por 4 a 1 o campeão mundial, o russo Gleb Sergejewitsch Bakschi na semifinal. Antes de enfrentar Oleksandr Khyzhniak, da Ucrânia, na final olímpica.

Uma campanha digna de vencedor. Com seu estilo clássico, Herbert se destaca pela precisão dos golpes, mantendo os braços soltos, sem demonstrar tensão, mas permanecendo com uma concentração total.

R7
09:42:01

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