Hackers invadem sites do governo e vendem senhas de servidores de órgãos públicos

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Sem investimento em tecnologia de informação, o governo federal, responsável por guardar dados sigilosos de milhões de brasileiros, vive uma “ciberinsegurança”. Ocorrida há mais de dez dias, a invasão de hackers ao ConecteSUS, Painel Coronavírus e DataSUS — que monitoram a evolução da pandemia e da vacinação no país — expôs mais as fragilidades da rede da União do que a habilidade dos criminosos. Isso foi constatado em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que, em maio, identificou que 74% dos órgãos da administração federal não têm uma política padrão de backup e 66% das instituições não armazenam arquivos criptografados. Com a consolidação do home office e o processo de digitalização do serviço público, o Brasil virou um terreno fértil para ataques virtuais.

De acordo com o GSI, em 2020 o país bateu o recorde de ocorrências cibernéticas, com 24.300 registradas. Os bancos de dados da Saúde derrubados ainda não foram completamente reestabelecidos, o que sugere, de acordo com especialistas, que o problema é mais complexo e que os invasores podem ter tido acesso à nuvem (arquivo virtual dos dados) dessas instituições. No início, as autoridades tentaram minimizar a gravidade da invasão e a classificaram como “pichação virtual”. Mas relatórios internos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do TCU mostram que a realidade dos sistemas públicos propicia o crime: senhas fracas, ausência de criptografia e de ferramentas de duplo fator de autenticação, baixos investimentos em antivírus e em equipes de Tecnologia da Informação .

Quanto mais aberto e acessível o serviço oferecido pelo sistema aos usuários, maiores são os riscos sem investimento tecnológico.

Globo
10:20:03

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