Gravidez após câncer de mama pode aumentar sobrevida de mulheres, indica estudo

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Mulheres sem sequelas após tratamento e quadro de câncer podem ter gravidez saudável
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Por algum tempo, a hipótese de que uma gravidez pudesse aumentar os riscos de um novo quadro de câncer de mama para aquelas mulheres que já haviam passado pela doença deixou médicos apreensivos e afastou as pacientes da maternidade. Na contramão desta ideia, estudos recentes têm mostrado que uma gestação, na verdade, pode aumentar a sobrevida para essas mulheres.

Uma pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde da Itália e pela Associação Italiana para Pesquisa do Câncer, publicada no periódico científico Journal Of Clinical Oncology, revelou que, em comparação com as pacientes com câncer de mama que não engravidaram, as que passaram por uma gestação tiveram menos chances de um reaparecimento da doença o que, consequentemente, aumentou o tempo de sobrevida para elas.

O ginecologista Maurício Chehin, coordenador científico e de oncofertilidade do Grupo Huntington, explica que a hipótese anterior considerava que os hormônios femininos aumentados pela gravidez potencializariam o risco de uma recidiva, ou seja, do reaparecimento da doença. Para ele, o resultado do estudo é surpreendente e não está associado apenas a questões hormonais.

“Na gravidez não existem apenas hormônios como estrogênio e progesterona, mas também outras moléculas e substâncias, algumas delas hormonais e outras não, que talvez desempenhem um papel protetor para a mama. Então, muito provavelmente, é esse conjunto da gravidez como um todo, e não um hormônio ou outro isolado, que acaba por fazer uma proteção e não um aumento de risco, como se achava anteriormente”, avalia o especialista.

R7
09:30:54

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