Estádios ‘sem dono’ eram comuns até a temporada de 2008 no futebol paulista

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Os torcedores mais veteranos não se incomodaram ao ver a tabela das duas últimas rodadas da fase de classificação do Campeonato Paulista, que será retomado a partir desta quarta-feira mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, com o Ituano mandando o seu jogo contra a Ferroviária no estádio do Canindé, a Inter de Limeira usando a Arena Corinthians ou a Ferroviária sendo mandante no Morumbi.

Desde a construção do Morumbi, em 1960, era normal Corinthians, Palmeiras e Santos levarem os seus jogos mais importantes do Pacaembu para o estádio do São Paulo em busca de maior público e mais dinheiro. Com isso, os grandes clássicos e finais de campeonatos eram disputados na casa do time tricolor, que faturava com o aluguel. Os rivais ficavam com a bilheteria.

O Corinthians por ter a antiquada “Fazendinha” sempre se apresentou na “casa” dos adversários. E guarda boas recordações. Em 1977, por exemplo, a final histórica do Paulistão contra a Ponte Preta, na qual encerrou um jejum de mais de 22 anos sem títulos, registrou o maior público do Morumbi com mais de 150 mil torcedores.

O Palestra Itália, espaço que atualmente o Palmeiras ostenta o Allianz Parque, também recebeu inúmeros jogos de seus rivais. Um dos maiores públicos do antigo estádio foi registrado em 1976, entre São Paulo e Corinthians, com vitória do clube alvinegro por 3 a 2, diante de 31.503 torcedores.

No Canindé, estádio da Portuguesa, os corintianos festejaram o massacre por 10 a 1 sobre o Tiradentes, do Piauí, pelo Campeonato Brasileiro de 1983, em uma das maiores atuações da equipe marcada pelo período da Democracia Corintiana.

Estadão Conteúdo
10:50:03

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