Empresários cobram do governo combate ao desmatamento

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Pressionado por empresários e políticos, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, tentou sinalizar que o governo está alinhado com a demanda internacional para combater o desmatamento na Amazônia. O Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão chefiado por Mourão para dar respostas ao setor, porém, ainda não apresentou resultados concretos que fossem satisfatórios aos apelos internos e de fora.

Questionado sobre a carta de empresários brasileiros divulgada na terça-feira (7), na qual cobraram, do governo, maior compromisso com o meio ambiente, o vice-presidente afirmou que as demandas estão alinhadas com os objetivos do governo para a região amazônica. “Esse grupo tem mantido contato comigo há algum tempo e todos os pontos que estão colocados ali naquele documento vão ao encontro dos objetivos do Conselho da Amazônia. Então estamos fechados, juntos”, disse Mourão.

A reação dos empresários ocorre uma semana após um grupo de investidores estrangeiros apontar problemas na política do governo em relação à Amazônia. Presidentes de grandes empresas nacionais e estrangeiras e entidades setoriais protocolaram na vice-Presidência e no Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Mourão, comunicado em defesa da agenda do desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento na Amazônia.

O documento, antecipado pelo jornal Valor Econômico, traz a assinaturas de cerca de 40 companhias, grupos empresariais e entidades, que dizem estar preocupados com a repercussão negativa da imagem do Brasil no exterior. Eles pedem a “atenção e preocupação com o impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia”. “Essa percepção negativa tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país” diz.

A iniciativa partiu do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), presidido por Marina Grossi.

Na semana passada, um grupo formado por quase 30 fundos de investimento com US$ 3,7 trilhões exigiu que o Brasil freie o crescente desmatamento no país. Outro movimento veio do Congresso. O Senado aprovou pedido da oposição para convidar Mourão a explicar as ações do governo. A audiência pública será na próxima terça-feira, 14. O convite cita que o Brasil fechou o mês de junho com o maior número de focos de queimadas na região dos últimos 13 anos.

Agência Estado
11:30:02

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