Em autobiografia, italiano Alex Schwazer confessa ter se dopado

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O italiano Alex Schwazer, campeão olímpico de marcha atlética, confessou em sua autobiografia que utilizou substâncias proibidas.

O atleta da marcha atlética teve detectado um caso de doping antes das Olimpíadas de Londres, em 2012, e foi suspenso do esporte até 2016. No entanto, poucas semanas antes dos Jogos do Rio de Janeiro, Schwazer foi novamente pego em um teste antidoping.

Em uma das passagens do livro, o atleta admitiu que era viciado em substâncias dopantes e que até mentiu para os pais e sua ex-namorada Carolina Kostner, uma patinadora que recebeu um gancho de um ano e quatro meses por ser considerada “cúmplice” de Schwazer.

“Eu era um drogado, ia à Turquia para me drogar, de Innsbruck a Viena e de Viana a Antalya. Dizia para Carolina Kostner e meus pais que estava indo para Roma. Deixava meu celular ligado à noite para evitar que mensagens da companhia telefônica turca fossem enviadas. Eu pensava como um viciado em drogas, era algo irracional. Eu estava pronto para mentir, porque tomar drogas também significa mentir”, escreveu Schwazer no livro “Depois da linha de chegada”.

O marchador, que não conseguiu sua liberação para disputar as Olimpíadas de 2020 em virtude de uma suspensão por doping, fez uma reflexão quando percebeu que estava no “fundo do poço”.

“Quando cheguei ao fundo do poço, me perguntei como havia chegado a essa situação. Aquele dia marcou o renascimento do homem que eu tinha dentro de mim e que não conseguia encontrar espaço para sair. Eu estava em um labirinto imenso e aparentemente sem saída, pois perdi minha namorada, credibilidade e dignidade”, disse.

Na introdução da autobiografia, Schwazer comentou que não se trata da “confissão do diabo” ou do “pedido de desculpas de um anjo”. O marchador ainda revelou que a sua exclusão dos Jogos Olímpicos influenciou a publicação do livro.

“Talvez a proibição de competir nas Olimpíadas tenha quebrado algo dentro de mim. Não encontrei motivação para escrever 50 páginas sobre como ganhei em Pequim, o doping ou o que aconteceu antes dos Jogos do Rio. Muitos pontos da minha história foram delicados, não queria que o livro contivesse pensamentos de ódio ou ressentimento”, finalizou o italiano. (ANSA).

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