Como Brasil criou o 3º maior registro de doadores de medula

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Sistema com grande variedade étnica elevou chance de achar doador compatível. E brasileiros também se beneficiam de bases externas – como um DJ de São José do Rio Preto que até tatuou carta enviada por sua doadora alemã.DJ e artista performático de São José do Rio Preto (SP), Murillo Serantoni, hoje com 30 anos, tatuou nas costas palavras em um idioma desconhecido. Mesmo não sabendo ler as frases que carrega na pele, elas significam muito: reproduzem uma carta enviada por sua doadora de medula óssea, uma mulher que mora do outro lado do oceano, na Alemanha.

Murillo enfrentou a leucemia com apenas 17 anos, e o transplante de medula foi a segurança para o câncer não voltar, já que suas células eram uma “bomba relógio”, de acordo com os médicos. Hoje ele leva uma vida normal e saudável.

Histórias como a de Murilo só são possíveis graças ao Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Criado em 1993, o banco tem atualmente cerca de 5,7 milhões de doadores cadastrados, e atua em conjunto com 112 hemocentros em todos os estados.

Vinculado ao Ministério da Saúde e coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o terceiro maior banco de doadores voluntários no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Alemanha, e o maior de financiamento exclusivamente público.

O Redome quase dobrou o número de doadores cadastrados nos últimos dez anos e a chance de se encontrar um doador compatível no sistema beira os 90%. O propósito do registro é viabilizar transplantes de medula entre pessoas que não são parentes. Em 2023, o órgão possibilitou a realização de 366 procedimentos do tipo. DW

 

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