Um levantamento da ONG Oceana divulgado na última sexta-feira mostra que o Brasil despeja 325 mil toneladas de lixo plástico por ano no mar. O país produz anualmente 500 bilhões de itens descartáveis com o material, o equivalente a 15 mil por segundo, segundo o relatório. A poluição marinha, além de degradar os ecossistemas, está aumentando o rol de espécies ameaçadas de extinção.
Não faltam caminhos para o plástico chegar ao mar — entre seus caminhos estão falhas no sistema de drenagem e emissários, descarte inadequado de produtos industriais e através de córregios e rios. Também é abundante o número de “potenciais poluidores”. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, cerca de 50 milhões de habitantes do país vivem no litoral, e há diversas cidades à beira de corpos d’água que transportam o plástico.
— Certamente este índice está subestimado. A quantidade de plástico no mar e seu estrago sobre a biosfera são muito maiores que o analisado — ressalta a cientista marinha Lara Ivanick, que assina o estudo e coordena a campanha de Plásticos da Oceana no Brasil. — Por exemplo, apenas 25% de nossa costa, uma faixa do Santa Catarina ao Espírito Santo, tem projetos de monitoramento com coleta e necrópsia de animais que podem ter morrido devido à ingestão de detritos.
Um em cada animais animais que ingeriram plástico morreu – o cálculo abrange aves, répteis e mamíferos marinhos. Entre as vítimas, 85% são indivíduos de espécies ameaçadas de extinção.
Globo
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