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O aumento na taxa básica de juros, a Selic, afastou cerca de 3 milhões de famílias brasileiras da aquisição da casa própria. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o reajuste no indicador, anunciado na última quarta-feira (2), encareceu ainda mais o financiamento imobiliário no país.
Durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic saltou de 9,25% para 10,75% ao ano. Trata-se do oitavo avanço consecutivo do índice, cujo ciclo começou em abril de 2021.
O coordenador do curso de desenvolvimento de negócios imobiliários da FGV e responsável pelo estudo, Alberto Ajzental, explica que a cada reajuste de 2,5% na Selic, há o aumento de 1 ponto percentual no custo do financiamento total dos imóveis.
Cada ponto percentual inviabiliza a aquisição do bem para aproximadamente um milhão de famílias no país. O estudo levou em consideração a aquisição de um imóvel intermediário —dois dormitórios, por R$ 250 mil— o mais vendido atualmente no Brasil.
Dessa forma, visto que a taxa Selic teve uma alta de 7,5% em 2021, o aumento nos juros inviabilizou a casa própria para 3 milhões de famílias brasileiras nos últimos 12 meses, segundo o estudo.
A taxa Selic saltou de 2% para 10,75% entre janeiro de 2021 e o mesmo mês de 2022, após quase cinco anos com o indicador abaixo dos dois dígitos.
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