Arte e psicanálise se unem em exposição de artista brasileiro

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A pintura, mais do que algo para se apreciar, é uma forma de expressão de muitos artistas antigos e contemporâneos. Ela pode ser objetiva ou abstrata, retratar um momento, uma pessoa ou um sentimento. Pensando que esse tipo de arte pode deixar transparecer o mais íntimo de quem a cria, também pode ser uma aliada na psicanálise, que busca compreender a subjetividade e o inconsciente das pessoas.

Foi por meio da junção dessas duas áreas aparentemente distantes que a exposição Palimpsesto Mágico nasceu. A mostra, exibida em São Paulo desde o dia 30 de setembro, é composta por mais de 150 esboços criados pelo artista plástico brasileiro Egas Francisco, de 80 anos, durante as sessões de terapia que ele fez com o psiquiatra Isac Karniol por quase dois anos. Segundo o médico, a expressão por meio da arte foi fundamental para o processo terapêutico.

“Ele não queria mais pintar, estava deprimido, mas voltou a pintar e expor. No caso dele, por questões clínicas, não era possível usar muito medicamento. E ele sem arte não vive. E os medicamento interferem na criativaidade. Era necessário achar uma forma de comunicação do inconsciente, não só por palavras”, contou Karniol ao E+.

A terapia não serviu apenas como tratamento para o pintor, mas também para o psiquiatra. “Concordamos com Egas que nós nos tratamos, pois aspectos mais profundos e vivos dos nossos seres estavam em comunicação”, declara o médico na introdução do livro Palimpsesto Mágico, que reúne as obras da exposição e interpretações analíticas delas assinadas por Karniol e sua mulher Patrícia, também psicanalista.

Estadão Conteúdo
11:25:03

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