O coquetel da farmacêutica Eli Lilly contra a covid-19, formado pelo banlanivimabe com o etesivimabe, teve a autorização de uso emergencial cancelada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão comunicou a decisão na sexta-feira 4.
A empresa requereu a suspensão da autorização depois que a agência solicitou estudos sobre como a medicação responderia a novas variantes do coronavírus, em especial a Ômicron.
Mesmo com a suspensão, os estoques já distribuídos da pesquisa e importados antes da decisão da Anvisa poderão ser utilizados. Porém, sua aplicação será somente para as variantes anteriores.
O coquetel contra covid-19 era recomendado para o tratamento de intensidade leve a moderada em pacientes adultos e pediátricos que não foram hospitalizados. O mecanismo de ação é baseado em anticorpos monoclonais, que são proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos, como os vírus. O objetivo é neutralizar o vírus antes que este entre na célula.
Análises da Anvisa indicavam que o uso conjunto do banlanivimabe com o etesivimabe pode reduzir em até 70% a incidência da covid-19. Contudo, o surgimento de novas variantes como a Ômicron trouxe incertezas sobre esse nível de eficácia. A autorização para uso emergencial desse coquetel contra a doença vigorava desde maio de 2021.
Revista Oeste
10:30:02