Em mais um dia de tensão política em torno do Ministério da Educação (MEC), o presidente Jair Bolsonaro convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para chefiar a pasta. O anúncio oficial, porém, não foi feito ontem após pressões contrárias de setores ligados ao governo. Feder confirmou o convite a amigos e acabou não sendo nomeado para o cargo. Olavistas, militares e evangélicos criticaram fortemente a indicação. Fontes ouvidas pelo Estadão afirmam que o presidente pretende analisar as repercussões antes da decisão final.
Nas primeiras horas da manhã, alguns dos principais auxiliares de Bolsonaro confirmaram o convite a Feder e que ele havia aceitado. Logo em seguida, começou a resistência de vários grupos, o que se tornou um dos temas mais comentados na rede bolsonarista, com também muita pressão sobre o Planalto. À tarde, fontes já diziam que Bolsonaro poderia desistir de Feder. Segundo o Estadão apurou, o presidente teria dito que só anunciaria o indicado se ele passasse no “teste da fritura”.
Por outro lado, aliados do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), davam a boas vindas para o indicado. No twitter, ela disse que “Renato Feder defende a escola e o ensino sem ideologia política” e “é exatamente o q (sic) queremos”. O ex-ministro Abraham Weintraub também desejou “sorte e sucesso” ao sucessor.
Estadão Conteúdo
09:45:03