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Em entrevista ao UOL News hoje, a médica infectologista Luana Araújo criticou nota técnica em que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se opõe ao passaporte vacinal e à obrigatoriedade da vacinação contra covid-19 para crianças.
“Essa pasta tem muito trabalho para fazer [em vez de] perder tempo com algo que não é da sua alçada. E o pior: é praticamente um crime contra a saúde pública”, disse Luana. “É chocante e ultrajante ver dinheiro público sendo gasto para deixar as pessoas doentes.”
A pasta comandada pela ministra Damares Alves produziu uma nota técnica em que se opõe ao passaporte vacinal e à obrigatoriedade de vacinação de crianças contra a covid-19. No documento, a pasta coloca o Disque 100, o principal canal do governo para denúncias de violações dos direitos humanos, à disposição de pessoas antivacinas que passem por “discriminação”.
Na avaliação de Luana, esse tipo de medida não visa a sanar a crise saúde coletiva provocada pela pandemia. “Tirando a parte vexatória do assunto, isso é incitante. Há um público-alvo para esse tipo de ação… Um grupo específico. A gente não fala de saúde pública quando fala nesse tipo de discussão”, analisa a médica.
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