A obesidade já é reconhecida como um fator de risco para a Covid-19 e também para outras infecções virais. Novos estudos, no entanto, procuram entender melhor os impactos que o acúmulo excessivo de gordura e doenças associadas causam para diferentes faixas etárias -e também os benefícios que intervenções médicas para redução de peso trariam na diminuição de complicações.
No Brasil, o excesso de peso já atinge grande parcela da população e vem crescendo com o passar do tempo. Dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que, em 2019, a obesidade foi registrada em cerca de 26% dos brasileiros com mais de 20 anos. Em comparação, em 2003, esse percentual era de 12%.
Uma dessas pesquisas foi publicada recentemente na revista científica Jama Surgery. Assinado por pesquisadores da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, o estudo foi composto por 2.958 pessoas que tinham passado por cirurgia para redução de peso e foram acompanhadas durante a pandemia.
Além desses, havia o grupo controle, composto por mais de 8.000 indivíduos que eram obesos e não tinham passado por cirurgia.
A intenção da pesquisa era comparar os dois grupos para entender se a intervenção cirúrgica para redução de peso poderia diminuir os riscos do coronavírus.
Os pesquisadores centraram suas análises em quatro pontos: resultado positivo para Covid-19, hospitalizações, necessidade de oxigenação suplementar e situações graves com a doença (internação em UTI, ventilação mecânica ou morte).
FolhaPress
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