Kim Jong Un destaca crise alimentar na Coreia do Norte em discurso de fim de ano

Ele também elogiou os avanços militares feitos durante seu décimo ano no poder, mas não fez nenhuma menção específica à Coréia do Sul ou aos Estados Unidos, além de uma breve referência às orientações políticas para as relações inter-coreanas e assuntos externos.

Enquanto o líder norte-coreano não detalhou o grau de escassez de alimentos, a Organização Mundial de Alimentos alertou sobre a severa falta de comida no país em 2021, incluindo um déficit de centenas de milhares de toneladas de arroz.

O problema foi agravado por severas inundações em algumas das regiões produtoras de arroz mais férteis do país.

Esta não é a primeira vez que Kim reconhece a situação alimentar no país. Em abril, a KCNA relatou que o líder falou às pessoas sobre outra “Marcha árdua”, enquanto discursava em uma reunião política de alto nível.

O termo “Marcha árdua” refere-se a um período de fome devastadora no início dos anos 1990, quando a economia da Coreia do Norte despencou após o colapso da União Soviética, que encerrou o fluxo de ajuda para o país.

Estima-se que centenas de milhares de pessoas — ou até 10% da população do país — morreram de fome neste período.

Em junho, Kim admitiu que o país estava enfrentando uma “situação alimentar tensa” devido ao tufão e inundações de 2020.

No mesmo mês, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estimou que a Coreia do Norte carece de cerca de 860 mil toneladas de alimentos — o que seria suficiente para pouco mais de dois meses de abastecimento.

No sábado (31), a KCNA também informou o reconhecimento de Kim das “condições desfavoráveis ​​neste ano” e seu desejo de “aumentar a produção agrícola e resolver completamente o problema alimentar do país”.

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