Primeira dose ajuda, mas imunização contra a Covid-19 depende de segunda dose

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Mais de 3 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19 até o momento — o que não significa, necessariamente, que eles já estão imunizados.

Com exceção da vacina da Janssen, todos os principais imunizantes tem um regime de duas doses e os especialistas concordam: é importante seguir o que foi previsto experimentalmente.

É o caso tanto da Coronovac, a vacina do Instituto Butantan com a Sinovac, quanto a vacina de Oxford e da AstraZeneca, esta em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A vacina de Oxford foi testada para ter uma dose, mas durante os experimentos, comprovou-se que precisava das duas doses. É de extrema importância que se siga o que foi previsto experimentalmente, porque não temos dados de que uma dose é suficiente”, recomenda Gustavo Cabral, imunologista e pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (Universidade de São Paulo).

Cabral explica que a pessoa que recebeu uma única dose pode não ter gerado a maturidade e memória imunológica para se proteger contra a doença.

“As vacinas que estamos usando aqui têm intervalo de vinte dias a três meses, o prazo varia, mas tem que receber a segunda dose”, disse.

O período máximo para a aplicação da segunda dose da vacina do Butantan é de até 28 dias. Para a vacina de Oxford/AstraZeneca, esse intervalo pode ser de até três meses.

O infectologista Igor Maia Marinho, do Hospital Emílio Ribas, engrossa o coro.

“Do ponto de vista de efeito colateral para o corpo, não existe risco tomar apenas uma dose, mas não tem garantia de eficácia de proteção às pessoas que tomaram apenas uma vez. Se isso [de atrasar] acontecer, pode correr o risco de surgir uma falsa sensação de segurança. É preciso tentar vacinar bem o máximo de pessoas”, disse.

CNN
10:45:20

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