Nesta legislatura da Câmara Municipal de Presidente Venceslau, a evolução na comunicação da casa com o público possibilita que a população assista às reuniões ordinárias ou extraordinárias ao vivo, com transmissão pelo YouTube.
Diante disso, dentro do plenário da Câmara, os vereadores perceberam que podem utilizar vídeos para destacar suas realizações, apontar problemas na cidade ou ilustrar críticas aos oponentes. O vereador José Cícero, “Lagoa” do PT foi um dos pioneiros nesse uso e, desde então, em quase todas as suas intervenções na tribuna, não abre mão de apresentar algo no telão.
Na última sessão, o vereador Lagoa utilizou um vídeo com imagens da rua Osvaldo Cruz e narração retirada da internet. A narração tinha um tom de escárnio e as imagens criticavam a negligência da prefeitura em relação ao logradouro. Logo após a intervenção do vereador Lagoa, Bruno Dassie subiu à tribuna e expressou sua insatisfação como líder do governo em relação ao vídeo apresentado pelo vereador do PT.
Bruno Dassie então solicitou à presidência da casa que avaliasse a possibilidade de supervisionar os vídeos apresentados pelos vereadores, a fim de evitar que qualquer apresentação com tom de deboche seja exibida na sessão. Ele destacou que a Câmara Municipal é uma instituição séria e que os vereadores podem expressar suas críticas, desde que o façam de maneira respeitosa, tanto com a casa legislativa quanto com os moradores das áreas retratadas nos vídeos. Ele pediu ao presidente que considere a possibilidade de implementar um processo de análise prévia dos vídeos que serão exibidos na sessão.
O presidente Reginaldo Ferraz afirmou ao final da sessão que irá analisar cuidadosamente o pedido do vereador. AMN
Comentando
O vereador Bruno Dassie pode não ter considerado que seu pedido pode ser interpretado como censura. Um exemplo disso é que, se um vereador trouxer uma denúncia em vídeo e este não passar pela mesa diretora por imposição política, o caráter democrático da casa será comprometido. Seria mais adequado pedir aos vereadores que evitassem utilizar vídeos com tom de escárnio em suas apresentações.
