Aquele cujo discurso varia de acordo com a plateia, que não pretende cumprir o que diz, mas apenas colher vantagens da venda de ilusões, não passa de desprezível e sórdido impostor. Quando a oratória visa a captação de votos, ao se divorciar da prática e das promessas, com teoria dissociada da realidade e propósitos eleitoreiros, a eleição do farsante corrói a esperança, esgarça e destroça a credibilidade da política, enfraquece as instituições. Cedo ou tarde, porém, quando as intenções ocultas se revelarem e a máscara cair, são certos o banimento da vida pública e o oblívio, pois inaptos e ineptos destituídos de caráter sempre retornam ao ostracismo de onde não deveriam ter saído.
JRDO, em 16 de junho de 2024.
@joserobertodantasoliva