Os senegaleses elegerão seu presidente em 24 de março, após várias instituições concordarem com a data nesta quinta-feira (7), proporcionando uma saída para a grave crise que eclodiu no início de fevereiro, quando o chefe de Estado adiou as eleições.
O presidente Macky Sall anunciou em 3 de fevereiro o adiamento da eleição presidencial, originalmente marcada para 25 de fevereiro.
Dois dias depois, o Parlamento senegalês aprovou um adiamento até 15 de dezembro, com os votos do bloco presidencial e dos apoiadores de um candidato contestado.
Sall justificou a medida com uma disputa entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional sobre o impeachment de alguns candidatos. Os deputados estavam investigando dois juízes do Conselho, cuja integridade foi questionada.
A oposição denunciou uma manobra para manter Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, no poder, apesar de suas garantias de que não se candidataria à reeleição.
O presidente também foi acusado de se agarrar ao poder em uma tentativa de impedir a eventual derrota do primeiro-ministro Amadou Ba, proposto como seu sucessor, o que Sall negou. AFP
