O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, acusou Israel de impedir o acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza e de conduzir o conflito no enclave palestino de tal maneira que “pode se equivaler a usar a fome como método de guerra”.
Uma análise conduzida pela ONU concluiu que 300 mil pessoas no norte de Gaza estarão sob fome extrema até o mês de maio se não houver um aumento significativo na entrega de alimentos à região.
Os ataques israelenses ao território palestino, em reação aos atentados terroristas do grupo extremista Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, deixaram aproximadamente metade da população – cerca de 1,1 milhão de pessoas – vivendo em situação de “fome catastrófica”, afirma o relatório da ONU.
Em nota divulgada pela entidade, amplamente criticada por Israel, Turk afirma que “a situação da fome, inanição e escassez é resultado das amplas restrições à entrada e distribuição de ajuda humanitária”.
Segundo afirmou, as decisões israelenses desde o início do conflito estão diretamente associadas ao “deslocamento forçado da maioria da população, assim como à destruição de infraestruturas civis essenciais”. DEUTSCHE WELLE