É necessário fazer ainda mais para proteger as crianças dos sérios danos cerebrais e sociais que podem ser causados por esses aparelhos. Quem já ouviu falar em nomofobia? Trata-se de um fenômeno relativamente novo: o medo de ficar impedido de usar o smartphone, por exemplo, por causa de má conexão com a internet ou bateria fraca, ou porque o celular estragou, foi roubado ou porque é proibido usá-lo.
A nomofobia pode causar sensação de medo ou ansiedade, além de perda de sono, problemas de concentração ou dificuldades na escola, no trabalho ou nas relações sociais.
O Brasil é o segundo país no mundo em uso de smartphones. Há mais celulares do que habitantes. Em média, cada brasileiro passa 5 horas e 28 minutos por dia na internet pelo celular. Só nas Filipinas a média é maior.
O brasileiro, portanto, passa duas vezes mais tempo no celular do que um alemão. Na Alemanha, a média de uso é de 2 horas e 29 minutos.
Um motivo é que a digitalização está muito mais avançada no Brasil do que na Alemanha. Isso vale para o setor público, para o financeiro (mesmo brasileiros que vivem na Alemanha não sabem o que é o Pix) e também para os inúmeros serviços que podem ser feitos pelo WhatsApp, como, por exemplo, marcar uma consulta médica.
Mas, apesar desses usos que facilitam a vida cotidiana, existe o outro lado: o consumo indiscriminado das redes sociais como TikTok e Instagram. Nelas, eles assistem a uma enxurrada de imagens, mensagens e clipes descontextualizados. E depois não se lembram de mais nada do que viram. Ou ainda pior: confundem esse simulacro de realidade com a vida.
Nas redes sociais, não há qualquer contextualização ou interligação entre o que se vê. Portanto, não é necessário qualquer esforço mental: o cérebro fica em stand by. Provavelmente, nunca houve na histótia uma tecnologia que tenha sido usada de forma tão inútil e sem propósito por milhões de pessoas. ADMIN3