O projeto de lei da privatização da Sabesp, a companhia de abastecimento de São Paulo, vai a votação hoje (6) na Alesp. O texto será avaliado em votação única pelos deputados estaduais.
Para a aprovação, são necessários 48 votos — a Casa conta com 94 deputados. Elaborada pelo governo do estado, a proposta autoriza a transferência do controle acionário da empresa e estabelece regras para quem assumir o comando da empresa.
A expectativa é de aprovação com cerca de 50 votos. De acordo com o deputado Gilmaci Santos (Republicanos), a articulação do governo do estado com a Alesp e prefeitos nos últimos meses foi boa e há maioria ampla para passar o texto.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) trabalhou forte pela privatização, que era promessa de campanha. O governador intensificou encontros com prefeitos e deputados estaduais para garantir apoio. Foram 21 reuniões com membros da Alesp entre agosto e outubro, contra oito nos sete primeiros meses do ano.
O prefeito de São Paulo foi fundamental nas negociações. Em agosto, Ricardo Nunes (MDB) assinou um acordo que incluiu a capital no grupo de cidades que terão serviços negociados após a privatização. A medida deu viabilidade econômica ao negócio e deve se refletir em apoio de Tarcísio a Nunes nas eleições de 2024.
A Câmara Municipal de São Paulo, por enquanto, é contra privatização. Liderados por Milton Leite (União Brasil), os vereadores querem que a capital seja mais beneficiada do que outras cidades, já que é a maior fonte de receita da empresa. Eles pediram mais dados sobre tratamento de esgoto e o cálculo do valor da tarifa, entre outras informações. UOL