Preocupadas com a evolução do programa nuclear iraniano, as potências europeias decidiram tomar a iniciativa e apresentar uma resolução de condenação contra Teerã ante o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A reunião começou nesta segunda-feira (3) em Viena, e o documento apresentado será votado durante a semana. Os diplomatas ouvidos pela AFP citaram “a urgência de reagir ante a gravidade da situação”.
Segundo a AIEA, que é encarregada de certificar que o programa nuclear iraniano tenha fins civis e não militares, a República Islâmica é o único país que não possui armas atômicas que enriquece urânio a 60% e acumula reservas cada vez maiores.
O nível se aproxima dos 90% necessários para fabricar uma arma atômica, e supera com sobras o máximo autorizado de 3,67%, que equivale ao que é utilizado para produzir eletricidade.
Teerã nega querer fabricar uma bomba e assegura que seu programa atômico é estritamente civil.
Apesar dessa situação, a junta de governadores da agência da ONU, integrada por 35 países-membros, não apresentou nenhuma resolução desde novembro de 2022. AFP