Policial baleado na cabeça em BH tem quadro irreversível, diz PM

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O quadro de saúde do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, é irreversível, de acordo com informação confirmada por agentes da Polícia Militar (PM) de Minas Gerais em uma coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (6).

A informação sobre o estado de saúde do militar veio pouco menos de um dia após o policial ter sido atingido na cabeça por disparos feitos à queima-roupa por um criminoso durante abordagem em Belo Horizonte, na noite de sexta (5).

Segundo a major Layla Brunella, porta-voz da PM mineira, Roger foi atingido por dois disparos na cabeça, cujos projéteis estão alojados no cérebro do sargento, sem possibilidade de retirada.

Ele também foi alvo de um disparo que atingiu uma artéria em sua perna e provocou uma hemorragia, que foi contida após cirurgia. O estado de saúde do militar, no entanto, ainda é considerado gravíssimo.

O estado irreversível significa que, embora o paciente ainda esteja vivo, ele se encontra em estado terminal, e nenhum tratamento é considerado capaz de melhorar o estado de saúde.

Apesar do quadro, a major Brunella demonstrou fé: “Milagres existem, e esse pode ser um deles”, afirmou. Ela também destacou que Roger completou 10 anos de polícia no sábado, um dia após ser atingido pelos disparos.

A esposa do sargento Dias também se manifestou nas redes sociais e pediu orações para o marido. “O meu marido, Sgt Roger Dias da Cunha, está vivo, respirando, lutando! Vivendo pelo milagre do Senhor”, escreveu. “Ore por nós incessantemente! Minha eterna gratidão”. O casal tem uma filha recém-nascida, de somente cinco meses de idade.

Leia como foi a ocorrência
Segundo o registro do boletim de ocorrência, militares do 13º BPM faziam um patrulhamento quando receberam denúncias de que dois indivíduos estariam portando uma arma de fogo dentro de um veículo roubado, na avenida Risoleta Neves, no bairro Aarão Reis, em Belo Horizonte.

Os policiais localizaram e começaram a seguir o automóvel. Ao darem ordem de parada, os suspeitos não obedeceram e fugiram em alta velocidade. Os militares tentaram disparar contra os pneus do veículo, mas sem sucesso.

Durante a perseguição, os criminosos chegaram a atropelar o motociclista, o que fez com que o carro rodasse pela via. O condutor da moto abandonou o local do acidente, e os dois ocupantes do veículo desembarcaram e começaram a fuga a pé.

O sargento Dias, junto a outro militar, também desembarcaram e continuaram a perseguição, dando ordem de parada ao indivíduo, que não acatou. Momentos depois, ainda de acordo com o registro da ocorrência, ele teria feito sinal de que iria parar, dizendo “perdi, perdi”.

Com a aproximação dos agentes, o suspeito sacou uma arma de fogo e efetuou diversos disparos à queima-roupa contra o sargento, que caiu desacordado.

O cabo que acompanhava Dias revidou e atingiu o criminoso com disparos. A arma do suspeito foi apreendida. O sargento, ferido, foi socorrido para o Hospital Risoleta Neves, e posteriormente encaminhado ao Hospital João XXIII.

O segundo suspeito foi encontrado horas depois, na laje de um comércio no próprio bairro Aarão Reis. Ele chegou a fazer novos disparos contra os agentes, e tentou fugir pelos telhados da região rumo a uma mata fechada.

Com o auxílio de cães farejadores, ele foi novamente localizado e imobilizado. Como estava baleado, foi encaminhado ao Hospital Risoleta Neves, onde permanece sob custódia. A arma do segundo suspeito não foi localizada. CNN

 

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