Pilotos passam mal no GP do Catar; Ocon vomitou no capacete

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Max Verstappen descansa após vitória no GP do Catar de F1 2023 — Foto: Mark Thompson/Getty Images
Max Verstappen descansa após vitória no GP do Catar de F1 2023 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

O GP de Singapura ganhou um forte concorrente na F1 – ao menos, em termos do grande desafio físico imposto aos pilotos. A combinação entre calor, alta umidade e extremo esforço no GP do Catar, vencido neste domingo por Max Verstappen, fez com que vários pilotos passassem mal.

Logan Sargeant chegou a abandonar a prova com sintomas de desidratação severa e gripe, e Esteban Ocon vomitou no próprio capacete entre as voltas 15 e 16.

– Já esperávamos por isso, mas esse fim de semana foi quente demais para pilotar. Se continuarmos voltando aqui, essa corrida precisa ser mais para o fim do ano. Estava beirando 40ºC lá fora. Foi bem extremo. Muitos pilotos com os quais eu falei depois do pódio, estavam deitados no chão por aí – alertou o vencedor da prova, Max Verstappen.

Depois da bandeirada, a câmera de bordo da Aston Martin de Lance Stroll registrou o canadense descendo de forma errática de seu carro: ele caminhou direto para uma ambulância, na qual recebeu atendimento. Em seu perfil nas redes, a equipe britânica agradeceu as mensagens do público e confirmou que todos no time passam bem depois da prova.

– Essas temperaturas… tudo ficava borrado, nas curvas de alta velocidade estávamos quase desmaiando. A pressão ficando baixa. Com a força G nas curvas de alta, nas últimas 20 voltas já não dava pra enxergar mais nada, porque era como se perdêssemos a consciência nesses trechos – declarou o canadense para a “SkySports F1”, após a corrida.

Da mesma forma, Alexander Albon também precisou de ajuda para descer de seu carro. Após a corrida, a Williams confirmou que o anglo-tailandês foi levado ao centro médico do circuito e recebeu tratamento para exposição aguda ao calor, sendo liberado logo em seguida.

Albon e Sargeant, porém, não foram os únicos pilotos que precisaram de atendimento médico. Terceiro colocado na prova em Lusail, Lando Norris ainda revelou que alguns de seus rivais desmaiaram durante atendimento.

– Foi uma corrida difícil. Alguns pilotos quase desmaiaram no centro médico. Isso mostra o quão difícil é nosso trabalho. É fácil dizer que temos que preparar melhor, mas estamos expostos a 50, 60 graus no cockpit, não é algo normal para o corpo humano. Até pra mim, em alguns momentos minha visão ficou borrada, e isso é perigoso. Chegamos ao limite do corpo humano nessa corrida – expôs. GE

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