PF faz operação contra ex-integrantes do Gabinete de Intervenção Federal no RJ

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PF faz operação contra ex-integrantes do Gabinete de Intervenção Federal no RJ
PF faz operação contra ex-integrantes do Gabinete de Intervenção Federal no RJ. Imagem: Polícia Federal

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira, 12, a Operação Perfídia, que tem como objetivo investigar supostas fraudes na aquisição de coletes balísticos. Os alvos da ação foram ex-integrantes do GIF (Gabinete de Intervenção Federal) no Rio de Janeiro. O general Walter Braga Netto comandou a intervenção, é investigado no caso, mas não é alvo da operação de hoje.

Segundo a corporação, os agentes investigam os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa que teriam sido praticados por servidores públicos federais durante a contratação de uma empresa norte-americana para a compra de 9.360 coletes com sobrepreço, em 2018, pelo GIF-RJ.

Os policiais federais saíram para cumprir 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.

O caso veio à tona após as autoridades americanas descobrirem indícios dos crimes. Com a cooperação internacional Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), a PF passou a apurar o caso e constatou que o Governo Federal e a empresa norte-americana celebraram um contrato, por meio do GIF-RJ, com sobrepreço em coletes balísticos.

Na sequência, o TCU (Tribunal de Contas da União) encaminhou ofício e processos referentes às compras das contratações nos quais apontaram indícios de que ambas as partes teriam conhecimento prévio da intenção de compra dos coletes com o sobrepreço de R$ 4.640.159,40.

“Foi celebrado contrato com o Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro, após a dispensa de licitação, em dezembro de 2018, no valor de US$ 9.451.605,60 (valor global de R$ 40.169.320,80 do câmbio à época), tendo recebido integramente o pagamento do contrato no dia 23 de janeiro de 2019”, afirmou a PF.

Além disso, a Operação Perfídia apura o suposto complô entre duas empresas brasileiras que atuam na área de proteção balística para formar um cartel desse no mercado nacional. Essas duas empresas possuem milhões em contratos públicos. ISTOÉ

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