Crônica
SOMOS FRUTOS DE NOSSAS VIVÊNCIAS
“Aprendemos que não estamos aqui para agradar ninguém”
E chove por aqui…
Dia nublado! Acomodo as minhas coisas e escolho um livro. Quando começo a ler não quero parar. E ultimamente tenho relido algumas obras e prestado mais atenção na construção dos textos. Prestado atenção nos detalhes.
Penso que na vida também é assim. Vivemos todo tipo de situações. Temos que lidar com tantos problemas. E ainda tem pessoas que olhando pelo lado de fora nos julgam por todos os motivos.
Quem sabe da nossa vida é somente nós. Quem sabe o que vivemos, o que sentimos, o que passamos e o que perdemos pelo caminho. Quem sabe das alegrias e tristezas é somente nós mesmos.
Com o passar dos anos vamos aprendendo nos ater aos detalhes. O que é importante, o que não é e o que nunca foi. E nesse aprendizado descobrimos coisas tão óbvias. Que dá razão a frase tão conhecida que diz que “o óbvio é a coisa mais difícil de se enxergar”.
Aprendemos que não estamos aqui para agradar ninguém. O que eu penso, o que eu acho e o que eu decido é problema meu. Não estou aqui para agradar ninguém e nunca estive. Como a famosa citação de que nem Jesus agradou a todos. Não seremos nós a conseguir esse intento.
Nós não precisamos da aprovação dos outros para emitir nossos pensamentos. E essa descoberta é a libertação que todos precisam sentir.
Se por acaso alguém deixar de gostar de você, deixar de respeitar você por causa de suas convicções. Então, que seja!
O que não pode é você deixar de ser quem você é para agradar esse ou aquele.
Tem gente que tem vocação para ser fantoche nas mãos dos outros. Infelizmente! Tem gente que vai no embalo, que vai na onda, que vai atrás dos outros sem pensar.
Não!
Somos frutos das nossas vivências. Ninguém vai nos direcionar com palavras, com mentiras. Ninguém manipula quem busca e encontra o verdadeiro sentido das coisas.
Ninguém é perfeito! E passar a vida buscando perfeição é tolice.
Mas, fujamos da ignorância!
Ela oculta, engana e atrapalha. Porque ignorância é desinformação, incompreensão, incultura, estupidez, incivilidade e obscurantismo. É impolidez! É idiotice e burrice!
No poema publicado em 1926 por José Maria dos Reis Pereira, que tinha como pseudônimo José Régio. O “poema-manifesto”. A liberdade de pagar o preço pelas próprias opiniões.
“Vem por aqui” — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…”
Nunca!
“Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…”
Que o dia seja do nosso jeito!
Que façamos o que desejarmos.
Que possamos defender as nossas idéias e opiniões com toda a nossa força.
E talvez um detalhe te faça ver isso.
Eu não sou os outros!
PATRÍCIA LOPES DE OLIVEIRA
Escreve periodicamente no Blog do Toninho
Formada em Letras e Direito
Pesquisadora em projetos humanitários e culturais
14:58:39
Respostas de 2
Que amor é esse menina Patrícia, confesso que me emocionei que história linda de vida! Um pouco semelhante a minha! Fazer o bem sem escolher a quem!
Lindo texto, simplesmente comovente.