O Paquistão denunciou, nesta quarta-feira (17), a morte de duas crianças em um bombardeio aéreo do Irã, após ataques semelhantes de Teerã no Iraque e Síria contra o que definiu como “grupos terroristas anti-iranianos”.
Islamabad afirmou, em um comunicado, que o ataque iraniano na noite de terça-feira, perto da fronteira entre os dois países, era totalmente “inaceitável e pode ter sérias consequências”.
O bombardeio “provocou a morte de dois meninos inocentes e feriu três meninas”, acrescentou o comunicado do Ministério paquistanês das Relações Exteriores.
O Paquistão convocou o seu embaixador em Teerã e impediu o retorno do representante diplomático iraniano a Islamabad, anunciou posteriormente o ministério.
Segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, seu país efetuou o bombardeio com “mísseis e drones” no Paquistão com o objetivo de atacar um “grupo terrorista iraniano”.
“Nenhum dos cidadãos do país amigo e irmão do Paquistão foi alvo de mísseis e drones iranianos”, disse ele, após o governo paquistanês denunciar a morte de duas crianças. “O chamado grupo Jaish al Adl, que é um grupo terrorista iraniano, foi o alvo”, acrescentou à margem do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. AFP