
Opinião
Poda de árvores em Presidente Venceslau
Dias atrás, assisti a um vídeo aéreo gravado por um drone sobrevoando o Parque Augusto Pereira. Fiquei surpreso com a escassez de cobertura verde no local. Em geral, quando vemos imagens da cidade, notamos parcialmente sua vegetação — que representa, em última instância, a quantidade de árvores existentes.
Sou um observador atento das áreas verdes de Presidente Venceslau e percebo que o problema não é a falta de árvores, mas sim a ausência dos cuidados adequados com elas. Muitas pessoas têm contratado e autorizado serviços de poda, mas, infelizmente, o que vem sendo feito em muitos casos é prejudicial às plantas.
As copas são drasticamente cortadas, e algumas árvores ganham formas artificiais — redondas, pontiagudas — que não contribuem para a sombra e nem para a função essencial de promover o verde. Sem saúde, ninguém sobrevive — e o mesmo vale para as árvores. Uma árvore agredida, sem folhagem suficiente para realizar sua respiração, está condenada ao sofrimento, quando não à morte.
Perto da minha casa, uma árvore foi submetida a uma poda radical. Restaram apenas o tronco e alguns galhos curtos, quase reduzidos a tocos. Terrível! Já se passaram vários meses, e ela ainda não conseguiu regenerar seus galhos. Está entre a vida e a morte. E esse cenário se repete em diversos pontos da cidade.
Deixo aqui um alerta às autoridades, especialmente à prefeita: olhem com mais atenção para nossas árvores. É urgente criar um cronograma de poda que respeite o ciclo de vida das plantas e evite agressões desnecessárias. Que tal lançar uma campanha de conscientização sobre o tema? Precisamos cuidar do verde para que nossa cidade continue respirando ar puro e saudável — algo que só as árvores podem nos oferecer. TONINHO MORÉ/AMN