O destino dos menores deportados da Ucrânia para a Rússia

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Pelo menos 400 crianças e adolescentes foram levados ilegalmente da Ucrânia invadida e adotados por famílias russas. Ativistas denunciam lavagem cerebral.A aldeia ucraniana de Kozatske, na região de Kherson, foi ocupada no fim de fevereiro de 2022, logo após o início da invasão russa. Na época com 14 anos, Kostya vivia lá com as irmãs mais velhas e o pai necessitado de cuidados especiais.

Justamente numa hora em que ele saíra para buscar ajuda, seus familiares foram levados para Nova Kakhovka, também ocupada pelos russos, mas então livre de combates. “Quando voltei, minha família não estava mais. Não tinha mais lugar no ônibus, parece.” Ele viveu alguns meses sozinho: “Não sei por que eles não podiam mandar me pegar, fiquei um pouco desapontado.”

Por fim, funcionários da administração de ocupação ofereceram a Kostya a possibilidade de ir para um acampamento em Anapa, no litoral russo do Mar Negro, a partir de onde menores eram distribuídos para outros locais.

Segundo as autoridades da Ucrânia, cerca de 19.500 crianças e adolescentes foram deportados ilegalmente para territórios do país sob ocupação russa. A encarregada ucraniana de direitos humanos, Daria Herasimchuk, explica que esse número também inclui jovens cujas famílias foram forçadas pelas ofensivas militares a se deslocar para a Rússia.

Em março de 2023 o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, expediu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e sua encarregada de assuntos infantis, Maria Lvova-Belova, por presumíveis crimes de guerra na Ucrânia. Ambos são acusados de abduzir menores para a Rússia. IstoÉ

 

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