‘Manipuladora e fria’: mulher que matou mãe e própria filha deu à criança opção de ir para ‘abrigo’

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Mãe é apontada pela polícia como autora da morte da própria filha e da mãe, em MGA Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta segunda-feira, o inquérito sobre o caso da mulher de 34 anos apontada como a autora do duplo homicídio de sua própria mãe e filha, ocorrido no início do mês, em Belo Horizonte. Amanda Christina Souza Pinto confessou o crime, e foi indiciada por homicídio qualificado por motivo fútil, segundo disse a equipe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em coletiva de imprensa.

Os investigadores da Polícia Civil descrevem a mulher como uma pessoa “manipuladora, fria, possessiva” e que controlava a casa, determinando, por exemplo, com quem sua mãe iria se encontrar. Ela também mantinha a filha afastada do convívio com a família paterna.

— Não tinha nada de uma pessoa que estava louca ou teve um surto psicótico. Ela não tem nenhum histórico de depressão ou uso de medicamentos controlados — apontou a delegeda Iara França, que coordenou as investigações.

A motivação foi vingança, de acordo com os investigadores. A mãe da autora do crime, Maria do Rosário de Fátima Pinto, teria descoberto que a filha havia ocultado dela a quitação em novembro do imóvel no qual a família morava, com o objetivo de continuar a receber as prestações que seriam desviadas para sua conta bancária. Maria do Rosário parou com os pagamentos, o que enfureceu Amanda e a levou a assassinar a mãe com um mata-leão.

A morte da filha da indiciada, por sua vez, ocorreu no dia seguinte, 14 de março. Segundo os investigadores, Amanda, após concluir que seria presa pelo crime, decidiu matar a menina de 10 anos para não deixá-la com a família do pai:

— Em uma situação inusitada e repugnante, ela deu opção à filha que seria morrer ou ir para um abrigo, algo que chocou a todos nós no transcorrer da investigação — disse Letícia Gamboge, chefe do DHPP.

— Mais uma vez demonstrou esse controle, essa possessividade, que não deixaria a menina ser criada pela família do pai — apontou a delegada Iara França sobre a conduta da mulher.

O duplo homicídio foi descoberto apenas no dia 15, quando o cheiro de gás chamou a atenção dos moradores do prédio, que acionaram o Corpo de Bombeiros. Amanda havia provocado um vazamento em uma tentativa de se matar. Encontrada ainda com vida, mas seminconsciente, ela foi levada para o Hospital João XXIII.

Apesar de estar submetida a prisão preventiva, a mulher encontra-se desde o dia 16 de março hospitalizada e sob escolta da Polícia Penal de Minas Gerais. A defesa da suspeita não foi localizada.

O Globo
10:25:03

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