O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 14,75% para 15% ao ano na quarta-feira, 18.
No comunicado, o Banco Central apontou que esse novo aumento é uma interrupção na alta da taxa de juros, e que a taxa deve permanecer nesse patamar “por período bastante prolongado”.
Se de um lado a alta dos juros pode ter dado uma pausa, por outro, o começo de uma queda está no horizonte do mercado apenas para 2026.
“A inflação está resiliente, acima do teto da meta, o que deve manter os juros em patamar elevado por mais tempo. A perspectiva é que a taxa comece a cair somente a partir de 2026”, avalia Ricardo Serone, diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência.
Em maio, a inflação medida pelo IPCA desacelerou ante abril, para aumento de 0,26%. Mas, em 2025, acumula alta de 2,75% e, nos últimos 12 meses até maio, subiu 5,32%, bem acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central, assim como do teto, de 4,5%. Contribuíram para a queda, em maio, a redução nos preços dos alimentos e dos combustíveis. ID